o medo espreita em tudo
e torna fraco quem
sucumbe, pois faz mudo
o peito que se tem
e mesmo o mais raçudo
o sente vir, também
se torna, então, miúdo
recebe só o desdém
o medo faz escravos
o medo faz senhores
é fel sorvido em favos
é fonte dos torpores
que dobram aos mais bravos
e roubam nossas cores.